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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Assinantes do Daily Propheet Enviam Seus Desabafos


Fã é fã em todos os lugares. Seja fã de Harry Potter, seja de Glee, de Senhor dos Anéis ou de High School Musical. Fã é fã e acabou. São todos iguais! Obcecados, insistentes, malucos, dramáticos, determinados e apaixonados. Nessa coluna, pretendo abordar uma característica que eu acho particularmente admirável em fãs: a vontade de ser parte daquilo que ama.
É dessa vontade de ser, de atuar, de agir, de participar, que nasceram os RPGs virtuais. O RPG(Role-playing game) é um tipo de jogo que permite ao jogador mergulhar na história, criar um personagem e literalmente participar de uma aventura, que pode ser baseada em livros, séries ou animes, ou até mesmo uma totalmente nova. Cá entre nós, é tudo que um verdadeiro fã queria, não é? Imagine participar de situações parecidas com a de seus personagens favoritos, enfrentar monstros (óbvio que na imaginação) e cruzar obstáculos!
Inicialmente jogado com papel, lápis e dados, diferentes formas de RPG se desenvolveram, e pretendo me focar em uma, em especial: Os RPGs virtuais. No antigo MSN Groups, se desenvolveram grupos que tinham um objetivo: jogar RPG via chat. Sim, via chat! O chat dava suporte a ações, a sussurros (conversas privadas) e era a plataforma ideal para a narração do mestre. Desenvolveu-se também uma outra forma de RPG: a play by forum. O esquema era o mesmo dos RPGs via chat, mas a história se desenrolava em posts nos fóruns.
Surgiram então as Escolas de Magia virtuais. O formato era simples: uma escola a la Hogwarts, com aulas, provas, professores, monitores e tudo que uma escola de magia que se preze deve ter. E é aí que entra a beleza do amor de fã… funcionou! E funcionou muito bem! Centenas de fãs mergulharam de ponta na história, criando seus personagens, participando das sessões de RPG, dando aulas sobre as mais variadas matérias, se divertindo, fazendo amigos.
Venho desse background de RPGs. Tenho uns *censurado* anos de RPG. Já utilizei vários nicks (costumava atender por Mark Dorset, se alguém ai joga, talvez se lembre), participei de várias histórias, fui aluno, monitor, professor de TODAS as matérias possíveis, chefe de casa, jogador de Quadribol, Ministro da Magia e outros infindáveis cargos que já me fogem à memória. Fiz alguns dos melhores amigos que já tive, briguei, ri, mergulhei na história e fiz parte de uma das minhas maiores paixões: o universo mágico de Harry Potter.
Não me arrependo de ter deixado de sair algumas vezes para dar uma aula, ou de ir tomar sorvete com os alunos por causa de uma reunião importante do Ministério. Fiz o que todo fã sabe fazer de melhor: abrir mão. E me diverti muito, posso garantir! Fazer parte da história era uma diversão por si só. Conversar sobre os livros e filmes que viriam, discutir teorias, esperar ansiosamente por qualquer entrevista que pudesse conter alguma novidade, fiz de tudo. E aprendi muitas coisas! Se hoje sei muito sobre Mitologia, é porque, não me perguntem quando, fui professor de Mitologia em uma escola. Comprei um livro para poder aprender e dar aula melhor! Coisas de fã, coisas de fã!
Sabem, entrei de peito na aventura. Perdi a conta de quantas vezes me emocionei com os RPGs. Aliás, isso é outra coisa que fã sempre faz… se emocionar. Harry Potter me emociona. Foram anos junto com a saga, acompanhando, sempre na expectativa. Harry Potter mudou a minha vida, assim como mudou a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Um mero jogo bastava para dias e dias de diversão interminável, dias estes que seriam dominados pelo tédio das férias de janeiro.

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